Ementas dos Grupos de Trabalhos (GTs)

GT 1 - Diálogos interdisciplinares: formação, currículo e cultura

Coordenadores: Sílvia Michele Macedo de Sá (FORCCULT-UFRB), Cláudio Orlando Costa do Nascimento (FORCCULT-UFRB), Roberto Sidnei Macedo (FORMACCE-UFBA) e Isaura Fontes (FORMACCI-UNEB)

O GT Diálogos interdisciplinares: formação, currículo e cultura é composto por estudiosos do campo das Ciências da Educação, que são líderes de grupos de pesquisa e professores vinculados às universidades públicas brasileiras. Tais pesquisadores são especialistas nos campos da formação e do currículo, que compreendem a perspectiva interdisciplinar e a cultura ainda como grandes desafios para a educação básica e universitária. Nesse contexto, o GT aceitará contribuições de trabalhos de pesquisa, narrativas de experiências e reflexões sobre formação, currículo e cultura, transversalizadas por compreensões e práticas interdisciplinares. A epistemologia que orienta a diretriz do GT, e suas ações, não apenas cultiva uma interdisciplinaridade pautada numa perspectiva restrita, conecta-se também a uma visão contextualizada, acionalista, interacionista e construcionista, implicadas a pautas políticas, éticas e estéticas, o que caracteriza uma perspectiva expandida de interdisciplinaridade. Agrega-se a essa opção epistemológica a compreensão de que a educação se configura como uma prática social e, portanto, implica em processos de alteração, significando alterar-com-o-outro. Nesses termos, o GT Diálogos interdisciplinares: formação, currículo e cultura se configura num dispositivo de compreensão e de criação propositivas, em que formação, currículo e cultura se entretecem, se complementam e se provocam mutuamente, numa dialógica e dialética social e culturalmente referenciadas.


Diretores
  • Isaura Fontes, UNEB
  • Roberto Macedo, FACED-UFBA
  • Sílvia Michele Macedo de Sá, FORCCULT (UFRB)
  • Cláudio Orlando Nascimento, FORCCULT (UFRB)
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GT 2 - Diálogos interdisciplinares: metodologias anárquicas

Coordenadores: Armando Castro (UFRB), Lia Lordelo (UFRB) e Milton Araújo Moura (FFCH/UFBA).

O físico Paul Feyerabend já afirmava, em “Contra o Método”, que o anarquismo seria, no século XX, um excelente remédio para a epistemologia e para a filosofia da ciência. Preservando e ampliando essa intenção indisciplinada para as muitas possibilidades de construção do conhecimento, de experiência e sensorialidade, o GT Diálogos Interdisciplinares: metodologias anárquicas pretende reunir docentes, pesquisadores, artistas, curiosos que realizem ou investiguem metodologias de ensino/aprendizagem, de práticas cotidianas nas artes, no senso comum, nas práticas profissionais habituais, entre outros. Tais pesquisas deverão se inserir num contexto de originalidade, de deriva, de provocação, de indisciplinaridade, de informalidade, de desconstrução, do devir, da transgressão, da pluralidade e do esgarçamento das possibilidades até então registradas nas pedagogias ativas, no mundo do trabalho, na ciência, na vida. Compreendendo a dinamicidade dos fenômenos socioculturais e seus inúmeros vetores de sentido num mundo cada vez mais complexo, e a educação enquanto vertente indispensável à formação e emancipação humanas, motriz e fomentadora da autonomia, inovar neste campo é compreender a relevância da própria autonomia do professor/pesquisador/artista. Para tanto, esse investigador agrega ao objeto um método, mas, também, posicionamento político, sensibilidade, rigor, sensorialidade, liberdade de cátedra, corpo, inquietação, fruição, ciência e conhecimento em suas margens, ecologia dos saberes e verbo que realiza e comunica multi, trans e interdisciplinarmente. Serão aceitos trabalhos que considerem todas e quaisquer possibilidades de registros de experiências que resultem (ou resultaram) em conhecimento, e possam contribuir com o campo da epistemologia da ciência contemporânea, da relação ensino/aprendizagem, a partir de uma metodologia distante das hegemônicas e normativas.

Diretores
  • Armando Castro, CECULT (UFRB)
  • Lia Lordelo, CECULT (UFRB)
  • Milton Moura, UFBA
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GT 3 - Diálogos interdisciplinares: práticas artísticas expandidas

Coordenadores: Mariana Terra (UFRB), Carolina Diniz (UFRB), Ciane Fernandes (PPGAC/UFBA)

O GT Diálogos interdisciplinares: práticas artísticas expandidas pretende discutir outros modos de (r)existência de práticas artísticas na contemporaneidade.  Interessa ao grupo trabalhos que abordem distintas situações estético-artísticas e performáticas que se propõem a tensionar, ampliar ou rasgar limites dos entendimentos de corpo, espetáculo, obra, arte, e dos lugares e funções do artista e do público. São bem-vindos os estudos que atravessem as seguintes questões: discussão do conceito de obra; relações não dicotômicas entre processos e produtos artísticos; processos/situações estético-artísticas que implodem o entendimento de representação e narrativas lineares; práticas que se organizam a partir das relações com as materialidades; os diferenciados níveis de participação/interação do público na obra/acontecimento artístico; reflexões sobre as funções político-sociais do trabalho do artista; processos híbridos de produção, criação e apresentação; estratégias de cooptação e participação do público, especialmente pelas vias relacionais, afetivas e em redes; curadorias compartilhadas ou fora dos circuitos institucionais; processos expandidos que atravessam arte e vida; arte produzida nas e com fricções do cotidiano. Nesse sentido, a intenção do GT Diálogos interdisciplinares: práticas artísticas expandidas é discutir e refletir sobre práticas artísticas que expandam as noções de corpo, linguagens e dispositivos, fomentando debates, construção do conhecimento e outras possíveis abordagens sobre tais temas.

Diretores
  • Carol Diniz, CECULT (UFRB)
  • Ciane Fernandes, UFBA
  • Mariana Terra, CECULT (UFRB)
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GT 4 - Diálogos interdisciplinares: epistemologias do sul

Coordenadores: Michel Fernandes da Rosa (UFRB) e Caetano De Carli (UFRPE/UAG)

Propõe-se com o GT Diálogos interdisciplinares: epistemologias do sul discutir, a partir dos referenciais teóricos das epistemologias do sul, a relação entre conhecimento, sua (re)produção e possível influência para a transformação social em sentido emancipatório. Isto posto, entende-se epistemologias do sul como um conjunto de saberes com um local de produção direcionado às populações que foram colocadas em posição de subalternidade e silenciamento pelo colonialismo, capitalismo, modernidade e patriarcado. O sul global, do qual se fala, é uma posição metafórica que representa a maioria da população mundial e a multiplicidade de conhecimentos e culturas por séculos invisibilizadas, oprimidas e inferiorizadas. Falar em epistemologia do sul é, portanto, falar na diversidade epistemológica do mundo e ao mesmo tempo reconhecer que dentro dessa realidade diversa há relações de opressão, de dominação e de poder. No entanto, há, nesse mesmo contexto, relações de resistência, enfrentamento e luta advindas do reconhecimento dessa diversidade epistemológica. A abordagem a partir das epistemologias do sul surge do reconhecimento de que a compreensão de mundo é muito mais ampla do que a compreensão ocidental de mundo e a busca por alternativas sociais e científicas passa pelo esforço do diálogo inter-cultural. Dessa forma, o GT Diálogos interdisciplinares: epistemologias do sul receberá propostas que reflitam sobre o acumulado de debates e produções científicas e intervenções sociais que vem sendo construídas a partir dessa perspectiva teórica, metodológica e epistemológica.

Diretores
  • Caetano De Carli, UFRPE/UAG
  • Michel Rosa, CECULT (UFRB)
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GT 5 - Diálogos interdisciplinares: política, cultura e desenvolvimento

Coordenadores: Paula Felix (UFRB), Marcelo Dantas (UFRB), Armando Almeida (Fundação Pedro Calmon)

O GT Diálogos interdisciplinares: política, cultura e desenvolvimento reúne estudos epistemológicos e empíricos que abordem problemáticas da cultura que perpassem e se articulem com as dimensões políticas e econômicas. O GT reconhece que tais dimensões estão profundamente imbrincadas com a cultura, à medida que esta se encontra no centro das análises de determinados processos políticos e também se apresenta como um dos fatores essenciais para a promoção do desenvolvimento. Tal promoção é entendida aqui não apenas como uma ideia de crescimento econômico ou dinâmica de mercado, mas também como um conjunto de transformações que promovem o fortalecimento das capacidades individuais e o reconhecimento da diversidade cultural. O GT abarca trabalhos sobre políticas culturais a partir de distintas abordagens, como as que visam discussões conceituais e metodológicas, análises comparativas, históricas, institucionais ou voltadas para o exame de atores e agentes culturais. Procura entender, também, a relação entre Estado, cultura e mercado, discutindo temas como financiamento público e privado da cultura, cooperação regional e internacional, legislação cultural, planejamento e gestão. Acolhe estudos que se concentrem na dimensão econômica da cultura. Nessa perspectiva, o GT engloba investigações sobre economia da cultura e economia criativa, considerando aspectos como propriedade intelectual, globalização, diversidade cultural e novas tecnologias. Além disso, busca-se pesquisas que estudem mercados, setores e cadeias produtivas da cultura, analisem estratégias de mercado para criação e comercialização de produtos e ações culturais, incluindo o marketing e o empreendedorismo cultural, analisem públicos e consumidores, e que examinem políticas que utilizam a cultura como vetor para o desenvolvimento. Interessa-se, ainda, por outras temáticas que busquem compreender a complexidade cultural no cenário contemporâneo, em suas inter-relações com a política e o desenvolvimento.

Diretores
  • Armando Almeida Junior, Fundação Pedro Calmon
  • Marcelo Dantas, CECULT (UFRB)
  • Paula dos Reis, CECULT (UFRB)
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GT 6 - Diálogos interdisciplinares: memória, espaço e culturas

Coordenadores: Roney Gusmão (Mesclas/UFRB), Francesca Bassi (Mesclas/UFRB) e Fátima Tavares (ObservaBaía/UFBA)

O GT Diálogos interdisciplinares: memória, espaço e culturas se interessa por investigações sobre espaços, experiências estéticas, cotidianidade, memórias e suas interfaces com a transmissão e com a fabricação da cultura. Espera-se contribuir para uma reflexão sobre processos culturais, práticas sociais e comunicação de saberes e de habilidades nos fluxos e trânsitos da memória. Se, por um lado, a memória pode estar inscrita em ambientes culturais sedimentados, por outro, pondera-se que não existe memória sem uma dimensão espacial e uma concretude movente. Portanto, as experiências, as representações e o próprio forjar do cotidiano transitam numa unidade espaço-temporal, fazendo coexistir presente e passado, pertencimento e despertencimento, inclusões e exclusões. Para além de uma perspectiva historizante, é nítida a percepção de que a vida cultural se constrói e reconstrói nas suas relações topofílicas e de territorialidade, em espaços 'intensivos' que detém um próprio poder de contingência e de afetação.  Nesse sentido, o movimento é condição sine qua non de reconstruções múltiplas, nas relações entre materialidades e subjetividades. O fabricar a cultura precipita essas dinâmicas complexas com a memória, apresenta os embates desiguais de poder, performatiza relações sociais tanto no cotidiano como em momentos de liminaridade (festas, rituais, intervenções artísticas, etc.). O GT se interessa pelos processos socioculturais que se desdobram em aspectos performáticos no e pelo espaço; as relações em diálogo com o corpo em seu espaço de vivência; as intervenções, as formas de expressão, os processos do criar e trabalhar; a cultura material e imaterial, as narrativas, discursos e literaturas nas suas amplitudes e diversidades; as manifestações artístico-culturais e os diversos olhares sobre o patrimônio.

Diretores
  • Francesca Bassi Arcand, CECULT (UFRB)
  • Fatima Regina Gomes Tavares, UFBA
  • Roney Gusmão, CECULT (UFRB)
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GT 7 - Diálogos interdisciplinares: música e comunicação

Coordenadores: Nadja Vladi (UFRB), Tatiana Lima (UFRB) e Messias Bandeira (UFBA)

O GT Diálogos interdisciplinares: música e comunicação se interessa por estudos na interface entre música, comunicação, cidades, economia criativa, cadeia de produção musical e tecnologias digitais em rede, com o objetivo de construir novos instrumentos de análise para a pesquisa da música em diversas instâncias: produção, circulação e consumo. O grupo entende que tais discussões podem desenvolver caminhos para abordagens da cultura musical contemporânea, levando em conta os impactos e possibilidades de circulação decorrentes da digitalização da cadeia musical. A partir de uma perspectiva interdisciplinar, o GT receberá propostas de estudos que pensam os circuitos, as cenas, os territórios (afetivos, sonoros, geográficos, econômicos), os formatos, a indústria, as tecnologias em seus aspectos estéticos, técnicos e econômicos. São bem vindas abordagens da cultura musical contemporânea sob a ótica das mediações comunicativas da cultura, que busquem a pesquisa aplicada da teoria das mediações, estabelecendo relações entre esta vertente teórica e a cultura da música. O GT receberá propostas que discutam também a cultura da música pop contemporânea, com atenção para os trânsitos e a comunicação envolvendo o underground, os nichos e o mainstream.  São objetos de interesse tanto a música ao vivo quanto a música gravada. O GT aceitará estudos de casos ocorridos no atual contexto de digitalização da cadeia musical, desde que tragam reflexões fundamentadas em referenciais teóricos interdisciplinares.  Também serão aceitos trabalhos que pensem as sociabilidades a partir dos espaços afetivos criados pela música pop; e como os territórios são reconfigurados por determinadas práticas musicais, marcando as cidades com determinadas paisagens sonoras.

Diretores
  • Messias Bandeira, UFBA
  • Tatiana Lima, CECULT (UFRB)
  • Nadja Vladi, CECULT (UFRB)
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GT 8 - Diálogos interdisciplinares: artes a(cerca) da infância

Coordenadores: Paula Alice B. Borges (UFRB), Mônica de Menezes Santos (UFBA) e Luciana Reis Comin (TECA Teatro).

O GT Diálogos interdisciplinares: artes a(cerca) da infância pretende reunir pesquisadores que investigam artefatos artísticos e culturais produzidos para crianças, procurando tensionar e, consequentemente, alargar os nexos estabelecidos pela noção moderna de infância, ao lançar um olhar a contrapelo sobre suas questões e desdobramentos na cena contemporânea. Buscando relacionar diferentes linguagens artístico-culturais e áreas de conhecimento, o GT será organizado em torno de três eixos: a) processos criativos; b) autores e obras; c) crítica e recepção. O primeiro eixo (processos criativos) englobará trabalhos voltados para a análise conjuntural do(s) processo(s) criativo(s) de obra(s) direcionada(s) à infância. O segundo (autores e obras) se voltará para a análise de produtores ou produtos, também destinados ao público infantil, em seus diálogos com os contextos político, econômico, social, entre outros. O terceiro e último eixo, crítica e recepção, lançará um olhar sobre a produção reflexiva em torno de uma ou mais obras para a infância, discutindo, fundamentalmente, os modos de olhar e expectativas em torno do que é ou não é adequado à diversidade que constitui esse público-alvo. Os três eixos, comumente encontrados em muitos GTs de eventos dedicados às artes para adultos, buscam ampliar o árido cenário das pesquisas relacionadas à produção artístico-cultural voltada para a infância, seus limites e deslimites. O GT receberá propostas que discutam sobre a multiplicidade das obras artísticas e culturais que se interessam pelo público infantil, contribuindo para que se ampliem os debates em torno dos saberes/poderes produzidos sobre/para a infância e sobre o que atualmente denominamos cultura (ou culturas) da infância.

Diretores
  • Paula Borges, CECULT (UFRB)
  • Luciana Comin, UFBA
  • Mônica Santos, UFBA
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GT 9 - Diálogos interdisciplinares: letramento, formação e universidade

Coordenadores: Adriano Dantas de Oliveira (UFRB), Ana Maria Freitas Teixeira (UFRB), Paulo Proença (Unilab)

O GT Diálogos interdisciplinares: Letramento, Formação e Universidade tem como interesse fomentar o diálogo sobre a formação geral do estudante e sobre o letramento acadêmico, abordando as problemáticas e os desafios da formação universitária na contemporaneidade, considerando ainda que, nesse contexto, notadamente esferas antes excluídas desse nível de ensino hoje têm a possibilidade de acessá-lo. Nesse âmbito, buscam-se diferentes reflexões e abordagens que tratem do perfil do ingressante, seu processo de transição entre o ensino médio e o ensino superior, seu processo de afiliação à vida acadêmica, as demandas da formação universitária no contexto atual da sociedade no que tange ao perfil do egresso, entre outras problemáticas relacionadas a esses aspectos. Dessa forma, em uma perspectiva interdisciplinar, em que se articulem pesquisadores de áreas como sociologia, antropologia, língua portuguesa, língua inglesa, literatura, pedagogia, entre outras, espera-se constituir um espaço privilegiado de reflexão sobre as demandas da sociedade e da formação universitária, incluindo-se o processo de entrada e de permanência do estudante na Universidade, enfatizando-se o letramento acadêmico e a sua formação humanística e profissional. Assim, em relação às problemáticas expostas, o GT Diálogos interdisciplinares: Letramento, Formação e Universidade aceita trabalhos que abordem temáticas pertinentes às configurações apresentadas, considerando-se, entre outras possibilidades, as pedagogias ativas na Universidade, as competências e as habilidades necessárias ao ensino na contemporaneidade e em contextos de interiorização do ensino superior, o letramento acadêmico, a formação e a atuação docente/discente em âmbito universitário.

Diretores
  • Adriano de Oliveira, NUVEM / CECULT (UFRB)
  • Paulo Proença, UNILAB
  • Ana Teixeira, NUVEM / CECULT (UFRB)
Verificado Submissões Abertas Verificado Avaliada pelos Pares